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segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Gaviões da Fiel : Sinopse do Enredo Carnaval 2013!!!


Foto : www.gavioes.com.br
Grêmio Gaviões da Fiel Torcida

 Carnaval 2013
“Ser Fiel é a alma do negócio!


Presidente – Antonio Alan Souza Silva (Donizete)
Carnavalesco – Max Lopes


 Pesquisa e desenvolvimento – Max Lopes e Gabriel Haddad
“Ser Fiel é a alma do negócio!”

Sinopse do Enredo

Extra! Extra! Muita atenção! Os Gaviões vêm anunciar!
            Nós somos da Fiel Torcida! Temos o orgulho de dizer que esse coração que explode na avenida pulsa forte junto com a nação Corinthiana. Essa é a nossa paixão, essa é a nossa cara! A dedicação, o amor em preto e branco.
            Hoje é dia de samba; é dia da Torcida que samba mostrar o seu potencial, a sua garra. Vamos alçar vôo rumo ao infinito, voar ao limite do céu e de lá trazer o nosso orgulho. Podem confiar em nossa Escola, podem acreditar, a Gaviões não acabou e nunca vai acabar, porque aqui, cada elo da corrente, que nunca será quebrada, é um Gavião disposto a lutar pelos nossos ideais.
            Grita forte, meu povo! Vamos estremecer a arquibancada! Mostrar a todos quem somos de verdade! Podem chegar, apreciar e comprem a ideia dos Gaviões:

Seu Cabral ia navegando
Quando alguém logo foi gritando: Terra à vista!
Foi descoberto o Brasil
A turma gritava: Bem vindo Seu Cabral!
“Escreva aí, oh Caminha, para nosso querido Rei
Que a terra é linda e generosa, que é gente muito bondosa”(...)


            Foi assim, ora pois, que Caminha descreveu nossa terra tropical: de águas infindas, vasta, onde nela tudo dá.
Melhor propaganda que essa não há! Na carta ao Rei, os bons ares de Vera Cruz.
O descobrimento de um paraíso, o Éden de além mar! Flora exuberante, terra generosa, tudo registrado no primeiro reclame brasileiro.
            E os índios de cá também queriam negociar, mercadoria foi o que não faltou, do artesanato aos animais. Papagaios e araras, ou apenas papagaios, que num toque de criatividade – com um pouco de urucum - viravam araras!
           
            Na roda do tempo, a Gazeta chegava para conquistar a imaginação dos leitores, trazendo novidades que contagiaram as cidades brasileiras. Anúncios diversos começavam a salpicar as páginas da história.
            “Esse é forte! Trabalhador! Bom de lavoura!”. As propagandas de escravos circulavam nos jornais da época e corriam chão pelas fazendas. Os grandes Barões, senhores do café, iam aos mercados e negociavam pelo que viam nas folhas matinais.
            E de terras orientais chegaram novos comerciantes. Chegaram os mascates!
            De casa em casa, vendiam as especiarias em seus pregões, cantados ou falados. Os verdadeiros vendedores ambulantes!
            Quem diria, nosso povo já se mostrava conhecedor da boemia.
Apreciador do sabor da paixão nacional, orgulho de ser pioneira!
           
Senhoras e senhoritas, a famosa Gaviões da Fiel
Apresenta o primeiro capítulo da empolgante novela!

O som começa a dar ritmo à imaginação.
O sonho de consumo da sociedade passa a ser sintonizado pelos rádios brasileiros. Atenção, atenção! Ouçam o início das radionovelas! Marcou a diferença em nossos programas de auditório, jingles que brincavam com o inconsciente. Ah...que maravilha é esse produto! É bastante bom, de mil e uma utilidades!
Tem notícia! Os comerciais estão anunciando, vem chegando o Repórter Esso! As notícias tristes da Segunda Grande Guerra se transformavam em assuntos de publicidade.
            Já nas caixas de imagem vi surgir aquela moça, trazendo um sabor imcomparável. As garotas-propaganda conquistavam o público com um carisma encantador.
Bordões e personagens vão surgindo, a televisão foi se consagrando como grande companheira dos nossos reclames. A fantasia dos desejos bailava na mente dos consumidores. E aqui, em nossa casa, pode bater que deixamos entrar, nosso Cassino do Chacrinha está aberto para você, porque é qualidade, qualidade, qualidade comprovada!
           
Mas todo Gavião é esperto e sagaz, não se deixa levar por qualquer falatório, já que as aparências enganam.
Temos que estar espertos e não levar gato por lebre.
Peça a garantia de que a pessoa amada vai aparecer em três dias!
Não se deixe enganar pelo papo de políticos falastrões: vote em quem você confia e não em quem promete mais do que pode.
Ao contrário dessas propagandas enganosas, há quem atue pelo bem, pela nossa saúde, pela força do Gavião. Campanhas voltadas à saúde da criança pintavam em aquarela o social do país.

O brasileiro é assim, bom no que faz. Nossas propagandas já são referência!
É na era digital que nossos criadores estão sendo reconhecidos!
Guiados por nossos Gaviões, vão receber de suas garras o grande prêmio.
É o encontro da nossa Escola com os profissionais brasileiros na festa do Leão de Ouro.
Parabéns Brasil, consagrados Gaviões da publicidade; hoje, o céu é de vocês, as estrelas principais; e vamos em frente, nunca parar, porque ser Fiel é a alma do negócio!



sábado, 18 de agosto de 2012

Matemática na escolha de Samba-Enredo?

Como escolher o Samba - Enredo correto para a escola?

Hoje nesse texto irei abordar sobre a escolha de samba-enredo nas agremiações carnavalescas.

Pesquisando por aí nos sites especializados em carnaval e também nos bate-papos com os amigos , sempre deparamos com muitas dúvidas sobre esse quesito.

Muitos defendem que o samba tem que ser escolhido por ser a letra mais bonita , outros defendem que o samba pra ser escolhido tem que ter uma melodia marcante , nessa parte acredito que a junção dos dois seria perfeito.

Porém acredito que para chegarmos à escolha do melhor samba para a agremiação temos que cair na matemática , pois o samba não pode ser analisado somente por si mesmo.

Vou explicar o porque da matemática na escolha de samba.

Pois se partirmos do prinicipio que o samba interfere em outros 3 quesitos (Harmonia , Evolução e Bateria) , além é claro do seu proprio quesito , a escolha tem que ser feita após analisar todos esses quesitos , o samba que melhor se enquadrar em todos os quesitos deve ser escolhido.

Pois se analisarmos uma situação , nem todo samba bonito de letra , tem um encaixe facil com o andamento da bateria da agremiação , não havendo o entrosamento do samba com a bateria , além da bateria perder pontos , isso também acabará comprometendo a Harmonia da escola , já que o não encaixe da bateria com o samba comprometerá também o canto da escola , e isso acontecendo automáticamente a evolução da escola será prejudicada , pois haverá o desencontro entre as bases de sustentação do ritmo e de evolução.

Então analisando dessa forma , na minha concepçao de pensamentos acredito que o melhor samba para a escola nem sempre é aquele samba mais bonito , pois de nada adianta um samba bonito se esse samba não trará as notas de outros quesitos , então entendo que o melhor samba é aquele que poderá garantir o maior número de pontos pra escola, as vezes você pode optar por um samba que não terá a nota máxima no quesito samba , porém sua melodia facilitará a conquistas das notas dos outros quesitos.

Todos os anos deparamos com criticas à baterias e seus mestres , ao Depto de Harmonia e seus diretores , à Ala Musical , pois as notas não foram as esperadas para esses departamentos.

Mas poucos se atentam que essas notas baixas ,ou esse rendimento abaixo pode estar atrelado a uma escolha de samba errada.
Enfim é isso , essa opinião que deixo a vocês , usem a matemática , o carnaval é uma festa, mas virou profissional , então temos que deixar muitas vezes o coração de lado e agirmos com a razão.



Denilson Fornaciari

Geraldo Filme, Zeca da Casa Verde, Toniquinho Batuqueiro: O Samba da Paulicéia por Plínio Marcos.


Geraldo Filme, Zeca da Casa Verde, Toniquinho Batuqueiro: O Samba da Paulicéia por Plínio Marcos.


Castúlio do Amaral Neto
Historiador e componente da escola de samba X-9 Paulistana



Um dos méritos deste blog são as homenagens prestadas aos grandes sambistas desta cidade, sambistas que fizeram do nosso carnaval um grande evento cultural para as atuais gerações, assim por aqui desfilaram Pé Rachado, Seu Nenê, Inocêncio Tobias, Helio Bagunça e Thobias da Vai-Vai.

Seguindo a linha das grandes homenagens aqui publicadas , gostaria de indicar a todos que ouvissem o álbum “Plínio Marcos em Prosa e Samba com Geraldo Filme, Zeca da Casa Verde e Toniquinho Batuqueiro” que acaba de ser relançado em CD, disco originalmente de 1974.

Traz as seguintes músicas interpretadas pelos três mestres: 1.Tiririca/2.Vou Sambar N´Outro Lugar/3.Tradições e Festas de Pirapora/4.Silêncio no Bexiga/5.Tebas “O Escravo” (Praça da Sé)/6.Brasil, Recebe o Mundo de Braços Abertos/7.Congada/8.Linda Manhã/Noite Encantada/10.De Pirapora a Barueri/11.Ditado Antigo/12.Bloco do Chora Galo/13.Samba de Lei.

O dramaturgo Plinio Marcos, autor entre outras de peças consagradas como “Navalha da Carne” e “Dois Perdidos numa Noite Suja” apresenta neste trabalho, não só estes três geniais sambistas de São Paulo contando suas vidas, mas a história do samba paulistano traçando uma geografia sentimental deste gênero pelos bairros desta cidade “nas quebradas do mundaréu”.

Mesmo que as obras dos três apareçam como ilustração e/ou meio escondidas no meio da narração de uma história maior da cidade, de sua gente e do samba, conseguimos identificar e nos sensibilizar com todo lirismo e nostalgia de suas músicas. Quanto ao papel do dramaturgo como contador de histórias, o próprio Plinio comenta ao final do disco ”Se algum talento eu tenho por ventura, é ver e ouvir a gente minha. “ E isso não é pouco, não o era em 1974 e não o é também neste momento! Que obra maravilhosa!

domingo, 15 de julho de 2012

O samba unido pela campanha do agasalho!!!

Banner de : Leandro Nascimento / Foto de : Camila Kata


Pelo segundo ano consecutivo os Departamentos Jovens das Escolas de Sambas de São Paulo se unem para organizar a campanha do agasalho , visando assim arrecadar agasalhos , cobertores , roupas para as pessoas que realmente necessecitam nesse inverno.

Ponto de doação X9 Paulistana:
Rua Ité , 77 - Vila Guilherme


A campanha que se iniciou nesse dia 15 segue com a arrecadação até o dia 25 de agosto.


Vale a pena incentivar essa iniciativa , quem vem mostrar que o samba de São Paulo está cada vez mais unido em prol das pessoas mais necessitadas.

Maiores informações : www.x9paulistana.com.br

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Thobias do Vai-Vai : Homenageado da semana!!!


Thobias da Vai-Vai
Músico/cantor/intérprete, radialista e ator

Nascido em 11 de setembro de 1958 na zona norte de São Paulo, em uma família de músicos e musicistas por vocação, porém que sempre desenvolveram atividades profissionais em outras áreas. Thobias foi o primeiro na família a tornar o dom, profissão.

Com uma voz de timbre marcante e suave, canta e encanta a todos por onde passa.

Thobias iniciou sua carreira em meados de 1981. Em 1982, quando ainda funcionário da ‘Sabesp’, e entre uma participação e outra em variadas rodas de samba da cidade de São Paulo, participou de um Festival de Compositores realizado pela mesma empresa, onde a canção ‘Vai Canoa’, do colega Cláudio Miragaia recebeu a segunda colocação do festival, e o intérprete desta canção, Tobias, como assim ainda era escrito seu nome, recebeu o prêmio de Melhor Intérprete do Festival, nada mal para alguém que começava.

A seguir deste episódio optou então por seguir sua carreira, e passou por alguns programas de calouros, como o do apresentador Raul Gil, por exemplo, onde conseguiu a segunda colocação dentre os finalistas do mês.

Em 1983 assumiu o posto de intérprete do então ‘bloco’ Gaviões da Fiel, que naquele tempo fazia parte da já então gloriosa G.R.C.S.E.S.Vai-Vai, que o chamou para ser então, o intérprete oficial da escola em 1985, com o enredo "Água de Cheiro", em seguida obteve 8 títulos junto à escola. Deixou oficialmente o posto de intérprete, após algumas idas e vindas, em 2000 e passou a se dedicar melhor à sua carreira de cantor. Em 1998 passou a ser também vice-presidente da escola, sendo o primeiro artista do samba brasileiro a assumir um cargo administrativo de tamanha responsabilidade dentro de uma escola de samba.

Mas Thobias foi além, e presidiu a escola de 2006 a início de 2010, sendo campeão novamente em 2008, totalizando 9 títulos junto à escola, dos 14 que a Vai-Vai possui, como escola de samba.
Thobias da Vai-Vai, como assim hoje é conhecido mundialmente, há mais ou menos 25 anos adotou e foi e adotado pelo bairro do Bixiga em São Paulo, local sede desta escola de samba paulista.

E em seus 30 anos de carreira já participou de inúmeras gravações, sendo para escolas de samba de todo o Brasil, comerciais, participações especiais com outros artistas, como Beth Carvalho, Oswaldinho da Cuíca, Demônios da Garoa, entre tantos outros, além de seus 8 discos solo oficiais. Sendo seu último trabalho oficial de 2006, intitulado ‘Paulicéia’.

Produzido com muito apreço pelo próprio artista em conjunto ao produtor Enzo Bertollini. É um trabalho independente e considerado seu melhor disco, por ter ‘seu toque pessoal e especial’, em músicas sob sua produção e interpretação emocionante como nunca.

Em 2004, produziu o CD, “Serestas, Sambas e Canções”, um trabalho em conjunto ao Grupo Nosso Choro e outros artistas, com a finalidade de dar apoio e divulgar o Lar Batuíra de Idosos, da Casa Transitória.

Considerado um dos maiores intérpretes do samba por muitos especialistas, Thobias está muito longe de ser um simples cantor, com uma voz de sonoridade especial, interpreta e emociona profundamente o público.

Possui diversos prêmios como intérprete, apenas como ‘Intérprete de Escola de Samba’ são 6 prêmios recebidos, isso sem citar outras categorias.

Viajou por diversos países do mundo levando o samba e toda a sua ‘brasilidade’, como um ‘discípulo de Osvaldo Sargentelli’, forma carinhosa como se apresenta o próprio artista, que foi com quem viajou pelo mundo e aprendeu os primeiros passos sobre o mundo artístico do samba.

Dentre essas viagens destacam-se turnês pelo Caribe, Argentina, Uruguai, Paraguai, Coréia e China, ao lado de Sargentelli, e em seu próprio espetáculo.

Em 2006, Thobias participou como ator dos filmes “Antônia” e “O Cheiro do Ralo”.
Como radialista, sua segunda paixão, realizou programas nas rádios FM Imprensa, Brasil 2000 e América.

É também um dos fundadores da Afrobrás – Sociedade Afrobrasileira de Desenvolvimento Sociocultural, a mantenedora da UniPalmares - Universidade da Cidadania Zumbi dos Palmares, da qual é ‘Presidente de Honra’.



Fonte:http://www.thobiasdavaivai.com.br/biografia.htm

terça-feira, 3 de julho de 2012

Hélio Bagunça - Homenageado da Semana!!!


Hélio Romão de Paula era filho de mãe paulistana e pai carioca, tinha três anos quando mudou junto de sua mãe e de sua irmã mais velha para a Bela Vista e 14 quando foi para a Barra Funda de onde não mais se afastara. Desde menino já tinha paixão pela música tornando-se membro da banda musical do colégio.

A paixão pela música o levou a dança de onde já na infância apontava traços de que seria um expoente nesta arte o que se tornou realidade com o passar dos anos, desenvolvendo sua malandragem do samba no pé, pelos salões de gafieira da cidade contagiando a todos com seu estilo revolucionário.

Por se destacar nos dois segmentos, acabou formando discípulos da sua arte e nos anos 70 saído do Garitão que era na época uma das casas mais famosa da cidade, teve a oportunidade de exportar para o mundo através de seu grupo musical "CHIC SAMBA SHOW” a música popular brasileira acompanhada da dança. O grupo era composto por seis músicos e um time de mulatas que abrilhantavam cada espetáculo.

Por ser um líder nato e ter idéias a frente do seu tempo, foi em 1951, menino ainda, que fez contato com o samba pela primeira vez, recriou junto com Sr Inocêncio Tobias o antigo Grupo Carnavalesco Barra Funda, fechado desde 1939, agora com o nome de Cordão Carnavalesco Camisa Verde e Branco que ganharia o carnaval comemorativo do IV Centenário da cidade de São Paulo. No início, muitos foram os problemas para transformar o sonho em realidade: a repressão da polícia, os maus tratos, a falta de verba, a falta de espaço físico e tantos outros… Entretanto, essas dificuldades foram minimizadas porque junto com os baluartes acreditaram, cultivaram e trabalharam com o mesmo empenho e amor ao samba.

Foi sua pró atividade, carisma e imensa facilidade em lidar com as pessoas, que fez com que seu Inocêncio o colocasse para ser seu braço direito no desenvolvimento das atividades no cordão fazendo assim com que ele se tornasse o primeiro diretor de harmonia e mestre de cerimônia de São Paulo.

Como na ocasião para que não houvesse problemas no desenvolvimento das atividades carnavalescas, cada cordão deveria colocar em prática algum projeto social, o Sr. Inocêncio pediu para criar no espaço São Paulo Chic algo que fosse extensão do cordão, foi aí que surgiu a primeira roda de samba de São Paulo que acontecia toda segunda–feira. Foi a partir daí que começaram a surgir os universitários de vários lugares da cidade e incorporam-se ao projeto que se tornou um sucesso.

A partir daí, o samba tornou-se uma atividade cultural que estava derrubando fronteiras, pois com o tempo foram surgindo solicitações de palestras em universidades atraindo assim cada vez mais estudantes interessados em conhecer um pouco deste segmento cultural que até então era desconhecido.

Foi em fevereiro de 1973 que junto de um grupo de universitários da USP que eram:sua esposa Maria Helena, Aníbal Vaz, Elisa, Marcos dos Santos,entre outros, que em reunião em sua casa na Rua Albuquerque Lins decidiram fundar uma escola de samba diferente, segmentada a este novo formato de público que estava se tornando uma nova geração de sambistas que acreditavam na cultura de raiz popular.

Foi assim que nasceu a Tom Maior, escola que foi por ele presidida no seu primeiro ano, muitas expectativas foram depositadas neste novo nicho, pois a vontade de construir uma escola de samba nova em um espaço elitizado que era o Sumaré.

Alguns anos se passaram até o falecimento do Sr. Inocêncio e as atividades continuaram, porém lideradas pelo seu filho Carlos Alberto Tobias o Totô como por ele era chamado, juntos formaram uma grande parceria faziam com que o Camisa Verde não perdesse suas características.

Trajetória

Formou grandes homens que hoje são considerados grandes mestres. Foi conselheiro e ministrou cursos para jurados na Fesec, participou da fundação da Liga das Escolas de Samba de São Paulo, na UESP desenvolvia atividades culturais, junto de outros grandes nomes fundou a Embaixada do Samba Paulista tornando-se cidadão do samba de 1995 à 1998.

Durante sua trajetória esteve presente em outras agremiações como Barroca Zona Sul, Nenê de Vila Matilde, Unidos do Peruche, Flôr de Vila Dalila, Ermelinense entre outras coreografando, dirigindo e repassando os seus conhecimento.

Últimos anos de vida

Em seus últimos anos de vida, manteve-se em sua escola de origem o Camisa Verde e Branco, aquele homem de grandes ensinamentos, que era referência para muitos no universo do samba, da cultura afro-brasileira e popular, acabou falecendo em 30 de maio de 2007 de insuficiência renal, deixando a memória e o legado para que hoje se possa dar seguimento na história, mantendo e afirmando os valores de uma geração.


Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Hélio_Bagunça

segunda-feira, 2 de julho de 2012

X9 Paulistana - Divulgada sinopse de Enredo Carnaval 2013!!!


Imagem de : www.x9paulistana.com.br

G . R . C . E . S . X - 9 P A U L I S T A N A  


SINOPSE DO ENREDO PARA OS COMPOSITORES CARNAVAL 2013 


CARNAVAL 2013 


ENREDO: 


“SE PRA TER DIVERSIDADE BASTA VIVER COM ALEGRIA: SORRIA... POIS SÃO PAULO HOJE É SÓ HARMONIA!” 


PRESIDENTE: 
JOSÉ MANOEL GASPAR 


CARNAVALESCO: 
FLÁVIO CAMPELLO 



“A riqueza Humana consiste na diversidade cultural religiosa do presente e do passado.”
Willian M. Schneider

“Se Deus quisesse uniformidade, não teria criado a diversidade...”
Daniela Raffo

“A diversidade é o que nos faz brasileiros.”
Walysson dos Reis


I – JUSTIFICATIVA DO ENREDO:
O G.R.C.E.S. X-9 Paulistana levará pra avenida, a representatividade da união das raças e dos povos, numa corrente repleta de harmonia. Numa viagem fascinante, mostraremos que o simples desejo de união, está na diversidade vivendo em comunhão, e isto está na alma da gente, na vida da gente...
O simples ato de sonhar, acreditar e realizar faz com que o mundo ganhe cores, vida, e traga alegria aos nossos corações.
É com essa imensa vontade e desejo de união, de confraternização universal, que levaremos a verdadeira alegria, e o desejo enorme de ser feliz!
Venha ser feliz com a X-9 Paulistana... Embarque com a gente nessa viagem fascinante... Pois levaremos ao mundo, o alegre e sagrado significado da vida!
Pois se pra ter diversidade basta viver com alegria, sorria... Pois São Paulo hoje é só harmonia!!!

II – SINOPSE DO ENREDO:
O INÍCIO:
Era uma vez...
Uma terra não muito distante, um reino formado por pessoas comuns, representantes de todas as nações, de todas as cores, que haviam perdido o sentido da vida. O mundo havia se tornado sem graça, perante os olhos destas pessoas que viam em seu cotidiano o significado das cores, dos sons e perspectivas... A tristeza era predominante!
As flores sem perfume deixaram de desabrochar, pássaros não voavam mais com a alegria de sempre, e o reino, antes, alegre e festeiro, hoje dá lugar ao silêncio e a melancolia.
A vida passava despercebida, enquanto o ponteiro do relógio impiedosamente condenava as horas, os minutos e os segundos desta gente, que jamais teriam este tempo perdido de volta...
Algo precisava ser feito, o reino precisava despertar... Para trazer de volta a alegria e a vontade de viver em harmonia com a vida, onde a verdadeira diversidade estaria na alma dessa gente!
O povo deste reino precisava reconquistar a simplicidade do brilho de seus olhos.
Foi então que um sábio guerreiro resolveu buscar o elemento perdido numa viagem à outros quatro reinos: o Reino da Raça Negra, o Reino da Raça Amarela, o Reino da Raça Branca e o Reino da Raça Vermelha. Cada qual com sua característica, e com um grande segredo que se revelaria nessa grande viagem.
E assim a vida foi redescoberta! Foi então que sonho virou carnaval e ganhou as cores da folia, do manto da alegria, assim começa a história de um sábio homem que descobriu na alegria e na harmonia a sua maior paixão, e por caminhos e trilhas que percorreu buscou a resposta para sua vida...
Assim começa essa fascinante estória, que na verdade faria parte da História, que contaremos ao descerrar das cortinas e no abrir do grande Portal da Imaginação!
Eis que surge um Povo sem fronteiras, num Mundo sem Fronteiras...

O PRIMEIRO REINO:
Despede-se em poema o dourado sol da grande savana...
O ouro refletido em paz, o brilho da estrela maior, banha os rios, os lagos e os mares...
A fauna e a flora se abraçam, e o canto dos pássaros despede-se de mais um dia, de mais uma vitória.
Cai a noite um novo brilho, uma nova cor.
A noite se revela negra, e negra é a cor do continente mãe.
O que se sabe é que a alguns milhões de anos um ser se mostrou forte, e deu inicio a uma longa jornada sobre duas pernas, com os pés no chão, evoluiu e se fez guerreiro se fez imbatível, se fez altaneiro.
Negra cor da liberdade, que exala a fragrância profunda de quem um dia sofreu...
Negra cor da liberdade que entoa um canto de paz, capaz de seduzir e fazer até o mais injusto dos homens, se render à tamanha beleza.
Negra cor que transborda pensamentos e que transforma homens valentes em leves pássaros a voar, rumo a um caminho desconhecido, rumo a uma viagem em busca do que ainda não se tem...
Cor negra, na pele com traços fortes...
Negra raça determinada e em busca de seu tesouro perdido surge à negra ancestralidade, calejada pela história... Memória negra de um mundo que lhe pede perdão...
Negra felicidade, no batuque do seu tambor, no ritmo contagiante causado pelo bater de suas mãos, que um dia fez força no braço para erguer monumentos e hoje, levanta estes mesmos braços fortes, para encantar o mundo em notas musicais.
Negra esperança refletida na fé de seus Deuses, no axé de quem sabe o que quer, e aonde quer chegar...
Negra viagem por um continente chamado África que abre suas portas ao mundo revelando que a lágrima hoje derramada por uma criança é o regar de um futuro prospero e promissor...
Negra esperança que nuca morre, refletida no olhar de quem um dia chorou.
Diante desse belo cenário, na direção do nosso sábio viajante, segue um Velho Guerreiro Negro, de vestimenta colorida, colares que caracterizavam a sua herança cultural, e um largo sorriso estampado no rosto e diz: “Bem vindo às minhas terras! Apresento-te o meu povo e suas riquezas”.
O sábio homem, então, se depara com uma gente marcada pela incoerência e pelo preconceito, mas que traz no rosto em harmonia a liberdade e a vitória, da raça.
Então perguntou ao senhor: “Como eles conseguem viver com tantas marcas do passado?”.
O senhor então responde: “Olhe em sua volta... Conquistamos nossa liberdade, somos donos desta terra de magia, onde o sol brilha durante o
dia, dando a nossa terra a cor do ouro, e durante a noite, com o brilho da lua, nossa terra ganha a cor da prata. Nossos animais são os mais ferozes e mais imponentes, guardam cada pedaço deste reino que também a eles pertencem, e nossos rios se confundem com mares, revelando à nossa terra todo o esplendor de uma savana milenar”.
Nosso sábio guerreiro então pergunta novamente: “Mas e estas cicatrizes de sua gente? Estas marcas que eles carregam? Como podem ter este fardo e ainda assim conseguir viver em harmonia?”.
E o senhor responde: “Estas marcas são a prova e a constatação de nossa vitória, foram adquiridas pela liberdade de nossa gente... Carregamos essas marcas com orgulho de uma raça, que está garantindo aos seus sucessores um futuro de paz e alegria”.
É revelado o primeiro segredo...
E segue assim, a viagem do nosso sábio guerreiro, rumo a um novo reino, e a revelação de mais um segredo...

O SEGUNDO REINO:
Um mandarim perdido a se revelar... Um exército de pedra guarda o coração valente daquele que um dia reinou. Enquanto o Último Imperador chora a desilusão da queda de uma dinastia.
O sol é vermelho, vermelho é o sangue, vermelho é a vida...
Do alto do grande monte o vento corta os céus, anunciando a presença secreta de um ninja solitário, que leva em suas costas, a marca do grande Dragão, carregando em sua alma o ensinamento milenar de uma gente próspera e em eterno equilíbrio. O bem e o mal em um só símbolo, bordado pelo saber, feito pelo tempo, ensinado por aqueles que jamais ultrapassam a velocidade do ponteiro do relógio.
Serenidade, paciência e perfeição, juntos na fé e na perseverança, eternos samurais treinados com respeito, na reflexão dos seus pensamentos.
Crenças imortais, monges, mestres, e espiritualidade misturam-se a fonte perfeita dos prazeres e das delicias.
Sabedoria refletida em harmonia, às sombras da cerejeira, o rouxinol despede-se com ternura viajando por mundos distantes em busca do que ainda não se sabe a resposta, mas na certeza do retorno garantido.
Revela-se o pergaminho, abrem se os papéis que o tempo um dia esqueceu, nas escrituras a verdade escrita, sob o sol nascente de mais um dia o antigo provérbio oriental se revela, e nas palavras ali descritas, a certeza que cada momento depende apenas de nós mesmos: “Uma longa viagem começa com um único passo...”
Nosso sábio viajante se depara com esse cenário magistral e eis que surgem as revelações desse reino...
O primeiro segredo revelava o respeito! Este segredo mostrava que ali cabelos brancos eram sinais de sabedoria, davam status de rei e oferecia à todos, os privilégios por sua história de vida e luta.
O segundo segredo revelava, a fé! Este segredo mostrava que não importava o tamanho do obstáculo, pois um novo dia haveria de surgir no horizonte, banhado pela luz do sol, dando a certeza de que uma energia maior estaria sobre eles.
Para que este segredo viesse à tona eram necessários rituais e oferendas, louvando, não apenas seus deuses, mas também àqueles, que não estariam mais entre nós, mas nos deixaram os ensinamentos e a herança de com viver em harmonia e equilíbrio.
O terceiro segredo revelava, a serenidade! Este segredo mostrava o caminho para a paz interior, ensinava a meditar e adormecia toda a fúria existente no coração, era o mais belo dos segredos, pois nele despertava também o amor.
Nosso sábio homem, com os segredos revelados desse reino, segue a sua viagem...

O TERCEIRO REINO:
O traço perfeito à imagem refletida, e a busca pela obra começa aqui.
Contos de fadas imortais, inspirados em fatos reais, reis e rainhas de carne e osso, fazem da história o presente e o futuro guardado a sete chaves em uma torre cercada mitos e fantasias, reflete-se aqui a imensidão nórdica, que um dia conquistou o conquistador, que fez de um continente palco de acontecimentos que mudariam os rumos da humanidade, que fez desta gente a referência nos pincéis que misturaram as cores criando texturas, e descobriu que a verdadeira obra é a harmonia em que se revelam os sentimentos.
Fez da fé seu grande tesouro... Espalhando-a pelo mundo, estudou, navegou, conquistou, catequizou...
Em nome do pai, pregou a cruz em solos estrangeiros, apresentando a Salvação na qual acreditavam, pois em nome do Filho crucificou incrédulos, e por poder, e mais tarde em nome do Espírito Santo assumiu seus erros e pediu perdão pelos pecados da humanidade.
Harmonia na religião, nas artes, e na ciência. Desbravadores de oceanos, escrivães da história, que hoje sai do papel, para ganhar forma e cores sob os olhos de quem viaja em busca da eterna felicidade, que mesmo perante a ciência e suas descobertas, não se deixa abater criando soluções acima da fé, mas que consideram na maioria das vezes eternos milagres capazes de fazer sorrir.
Parou para observar as pessoas deste reino!
Fora recebido pelo Líder Maior da crença predominante entre os povos desta raça, quando nosso sábio guerreiro questionou: “Estão todos sempre ocupados, correndo... Mas todos mantêm a alegria de viver e uma alegria cativante e otimista expressado em seus rostos! Qual seria o verdadeiro motivo?”.
Então obteve a resposta de Vossa Santidade: “Aqui todos somos reis, todos somos iguais e todos vivemos num reino distinto! Somos reis de nossas vidas, prezamos nossas famílias e honramos nossa história, e governamos com amor, com liberdade, com igualdade e fraternidade! Conhecemos o espírito da eterna felicidade! Guardamos o segredo da justiça, da sabedoria, do conhecimento, da fé, da ciência... Em nossa história nos aventuramos e conquistamos, damos valor às grandes obras de arte, bem como a arte popular de nossa gente, cremos que a nossa real alegria e harmonia vem de anos de estudos e conhecimentos adquiridos por navegarmos em mares nunca antes navegados. Nossas construções milenares, guardam a nossa maior riqueza: a imortalidade de uma gente que vale mais do que o ouro e reflete mais que a prata...
Somos nobres sim, mas nossos corações são quentes como a luz do sol! Recebemos e acolhemos todas as pessoas, sempre de braços abertos!”.
Mais uma vez nosso sábio guerreiro segue seu caminho...

O QUARTO REINO:
De repente o sábio guerreiro chega num reino sem muros, sem palácios, e sem relógio...
A beleza é fascinante, pois a natureza emoldura com traços do Criador todo o encantamento do nosso viajante. Os olhos humanos não conseguem captar toda exuberância deste Reino Divino.
Assustado ele se depara com uma imensidão, uma beleza infinita, onde tudo se vê, onde tudo se ouve! Depara-se com os sons da natureza, a sinfonia dos rios, que desperta Tupã, que e o recebe com um grande abraço fraternal.
Tupã, então, apresenta o seu povo, a sua gente! Mulheres guerreiras e trabalhadeiras, crianças que brincam na mata como se estivessem no Jardim do Éden, homens corajosos, que embreavam mata adentro à procura dos alimentos do dia-a-dia. E o que todos eles tinham em comum? Uma ingenuidade e uma pureza que vinham da alma.
Nosso guerreiro então pergunta a Tupã: “Não existe riqueza, não existe conforto, não existe facilidades, como eles mantêm esta felicidade cativante?”.
Tupã então responde: “Nossas riquezas, tiramos de nossas terras, onde plantamos, pisamos, vivemos e colhemos os frutos do nosso dia-a-dia. Conforto, temos ao cair da tarde, ao nos depararmos com o pôr do sol, ou num dia de calor quando uma grande árvore da vida, nos oferece sua delicada sombra para repouso e felicidade! Pois tudo o que precisamos, a natureza nos presenteia de bom grado! Falamos com o vento... Entendemos os animais, sabemos quando o tempo de amanha irá nos garantir a doce chuva, que lava as nossas almas. E através de festas e rituais agradecemos constantemente por todas estas dádivas!”.
Tupã então finaliza: “Este é o meu povo, a minha gente! O povo que carrega na alma a eterna pureza da criança!”.
Nosso sábio percebe que o que encontrava, para sempre esteve no seu reino, e segue o caminho de volta, confiante e com a certeza de ter revelado os grandes mistérios e segredos da vida!

A REVELAÇÃO:
De volta ao ponto de partida, nosso sábio homem, volta sem nenhuma riqueza material, mas com várias questões resolvidas!
Percebe que sua gente guerreira carrega a vontade de viver e de vencer... Era chegada a hora da alegria vencer a tristeza, das cores emanarem da alma e da vontade de viver em harmonia intensamente, dominando a vida de todos desse lugar... Nosso guerreiro sorri e revela, o que descobriu, ao seu povo: “Estive fora, viajando por todos os Reinos do nosso Mundo, que pareciam, até então, desconhecidos, mas na verdade, esses lugares e essas pessoas fazem parte de nossas vidas...
Ao retornar, encontrei num País, uma Grande Cidade, onde a vida encontra a harmonia na diversidade que é respeitada e honrada. Nesse reino onde onze milhões de pessoas, se deparam com setenta idiomas, todos falam a mesma língua: a linguagem da alma... Onde todos vivem em paz, com suas crenças e ideais! Todos somos livres, iguais... A fraternidade, aqui, é Universal!
Em nosso Reino, encontramos o passado e o futuro caminhando lado a lado e isto está em nosso presente!
Aqui é onde a força, o poder e a energia se encontram com a diversidade, com a harmonia e com a vida! Onde encontramos o respeito, a dignidade, a alegria. Onde existe a honra e orgulho de sermos e fazermos parte dessa terra, deste chão! Nossa terra é de todas as raças, é de todas as faces, de todos os credos, de todas as cores...
Nosso Reino é o coração de um Gigante que há muito tempo despertou, para mostrar ao mundo a sua grandeza e beleza! E esse Gigante se mostra capaz e inzoneiro, grande e altaneiro, faz de si mesmo um hino à liberdade, faz de seu nome exaltação à força, de suas estrelas, os símbolos de diversas vitórias, das suas cores, orgulho de uma gente, e de sua imagem, a ideologia de uma gente guerreira.
E é aqui, que a viagem se encerra, pois não existem buscas e sim agradecimentos!
É aqui que a viagem se revela, pois não existem povos e sim uma única nação, aqui é São Paulo, um pedaço do Brasil, o grande celeiro de ideias e paixões... Uma cidade forte, muralha inquebrável, um polo receptor de divisas, local onde a diversidade vive em harmonia com aqueles que chegam de coração e mente aberta, onde a busca por uma resposta, nada mais é, do que uma vivência à mais no dia-a-dia da cidade mais agitada do Brasil.
Esse Gigante se chama Brasil, e nele é o lugar do nosso Reino, que se chama: São Paulo!
São Paulo de todas as tribos, de todos os povos, de todos os lugares, de todas as artes, de todas as nações!
É com essa São Paulo de alma futurista, que daremos um salto para 2020, para mostrarmos ao mundo, que no coração do nosso Gigante Brasil, caberá um mundo em harmonia!!!

Pois a força da diversidade traz a harmonia para o nosso crescimento!
E se pra ter diversidade basta viver com alegria, sorria... São Paulo hoje, amanhã e para todo o sempre é e será só harmonia!

Flávio Campello


III – BIBLIOGRAFIA:
ABC DO CONTINENTE AFRICANO
Barbosa, Rogério Andrade
Ed. Edições SM
A HISTÓRIA DA HUMANIDADE
Olson, Steve
Ed. Campus
A HISTÓRIA DA HUMANDADE
Van Loon, Hendrik Willem
Ed. Martins Fontes
OITO PASSOS PARA A FELICIDADE
Gyatso, Geshe Kelsang
Ed. Tharpa
ENSINAMENTOS FUNDAMENTAIS SOBRE O BUDISMO TIBETANO
Rinpoche, Kalu
Ed. ShiSil
HISTÓRIA DA CIDADE DE SÃO PAULO – VOLUMES 1, 2 E 3
Porta, Paula
Ed. Paz e Terra
CONTOS INDÍGENAS BRASILEIROS
Munduruku, Daniel
Ed. Global
A PALAVRA DO GRANDE CHEFE
Munduruku, Daniel
Ed. Global
MITOS INDÍGENAS
Mindlin, Beth
Ed. Ática
AS MELHORES HISTÓRIAS DA MITOLOGIA AFRICANA
Seganfredo, Carmen
Franchini, A.S.
Ed. Artes e Ofícios

VI – CONSIDERAÇÕES FINAIS
A X-9 Paulistana, consciente de seu papel dentro do cenário do carnaval paulistano, dará neste momento o “pontapé” rumo mais um trabalho preocupada com os valores culturais, pois acredita que o carnaval é e sempre será uma porta aberta para expressarmos os valores e a riqueza do povo brasileiro.
Desde já, agradecemos todos os compositores pelo carinho e confiança em nosso trabalho, pois temos certeza que, juntos, faremos uma parceria de sucesso, unindo a concepção plástica e artística com a poesia e o lirismo.
Boa sorte a todos e que vença o melhor, pois sabemos que esse melhor será o melhor para a X-9 Paulistana e o melhor para a cultura e o carnaval.

José Manoel Gaspar
Presidente

Flávio Campello
Carnavalesco

Fonte : www.x9paulistana.com.br

domingo, 1 de julho de 2012

X9 Paulistana apresenta seu Enredo para o Carnaval 2013!!!


A escola de Samba X9 Paulistana divulgou na noite desse sábado(30) o seu enredo para o carnaval 2013.

O enredo ‎"SE PRA TER DIVERSIDADE BASTA VIVER COM ALEGRIA: SORRIA... POIS SÃO PAULO HOJE É SÓ HARMONIA! , será o primeiro assinado pelo Carnavalesco Flavio Campello sozinho pela agremiação , já que nos anos anteriores essa responsabilidade era dividida com o Carnavalesco Rodrigo Cadete.

Foto de : www.x9paulistana.com.br
O evento também marcou a inauguração da nova quadra da agremiação , agora localizada no bairro Vila Guilherme , junto da Rua Ité(77).

Para maiores informações sobre a nova quadra , sobre os eventos e fotos da festa de lançamento é só acessar o site da Escola : www.x9paulistana.com.br.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Homenagem da Tv Tribuna ao Hino da X9 !!!




O Blog Carnaval no Foco traz essa belissima homenagem da Tv Tribuna ao Samba e à X9 de Santos , pois esse hino é maravilhoso e com esse arranjo ficou ainda melhor.

A homenagem contou com a presença da Orquestra Sinfonica de Cubatão e com grandes sambistas que fizeram parte da história da X9 , além de sambistas de outras agremiações santistas que compareceram para fazer parte desse evento.

Vale lembrar que o hino da X9 Santista também foi incorporado pela X9 Paulistana como hino oficial da agremiação.

O hino foi composto pelo compositor Marinheiro em 1967 e à partir de 1968 se tornou o hino da agremiação santista.

Convido a todos a desfrutarem de momentos especiais e de pura emoção acompanhando essa matéria.

terça-feira, 26 de junho de 2012

X9 Paulistana - Entrega da Sinopse!!!

A escola de samba X9 Paulistana anúnciou a data da entrega da Sinopse de Enredo para o Carnaval 2013.

A entrega acontecerá no dia 1 de Julho de 2012 , a partir das 18:00 , nessa data também haverá uma esplanação do Enredo com o Carnavalesco Flavio Campello.

Vale lembrar que a entrega acontecerá em seu novo endereço da quadra que agora se localiza na Vila Guilherme.

Endereço: Rua Ité , 77 - Vila Guilherme

         Maiores informações:

               www.x9paulistana.com.br

Homenageado da semana : Inocêncio Tobias, o Mulata!!!

Em 1953, Inocêncio Tobias, o Mulata, cria um movimento para reorganizar o antigo grupo carnavalesco, criando no dia 4 de setembro o Cordão Mocidade Camisa Verde e Branco. Logo no seu primeiro ano desfilando como cordão, o Camisa Verde vence o desfile de cordões, com o enredo Quarto Centenário. O Camisa ainda seria campeão como cordão mais quatro vezes: 1968, 1969 e 1971, ano este em que os cordões já estavam em decadência com a popularização das escolas de samba. A partir de 1972 o Camisa segue o caminho natural, tornando-se escola de samba com o fim do desfile de cordões, chegando ao primeiro título em 1974.

Durante a época da Ditadura Militar, a escola tentou produzir um enredo sobre João Cândido, herói da Revolta da Chibata, porém esta proposta foi censurada pelos generais da época.

Em 1980, Inocêncio Tobias, morre deixando a presidência do Camisa Verde nas mãos do seu filho Carlos Alberto Tobias, que dirige a escola apoiado pela Mulher Magali e sua mãe Cacilda Costa, a Dona Sinhá (esposa de Inocêncio Tobias).




Fonte:http://www.camisaverde.net/imortais.html

Paulo Barros será consultor de carnaval da Renascer de Jacarepaguá!!!

Foto de : tudodesamba.com.br
O carnavalesco Paulo Barros campeão do carnaval carioca em 2012 assinou contrato com a escola de samba Renascer de Jacarepaguá do grupo de acesso A e será o consultor de carnaval da agremiação no carnaval 2013.

Além da criação do enredo ,Paulo Barros também terá a função de fornecer orientações sobre o projeto artistico da agremiação.

A Renascer prometeu para a tarde desta terça-feira (26) o anúncio do seu Enredo rumo ao Carnaval 2013.

 

segunda-feira, 18 de junho de 2012

X9 Paulistana - Festa de Lançamento do Enredo 2013!!!

Dia 30 de junho acontece a festa de lançamento do enredo 2013 da escola de samba X9 Paulistana.

O evento acontecerá no novo endereço da quadra da agremiação, agora localizada na Rua Ité , 77 no bairro Vila Guilherme , tendo seu inicio as 21:00, com entrada franca.

O tema do enredo é guardado a sete chaves pela escola e também por seu carnavalesco Flavio Campello , que esse ano assinará o enredo sozinho.

Maiores informações:

Seu Nenê - Homenageado da semana!!!

Alberto Alves da Silva ,também conhecido como Seu Nenê (24 de julho de 1921 — São Paulo, 4 de outubro de 2010) foi um sambista paulistano, fundador e ex-presidente da Escola de Samba Nenê de Vila Matilde.

Sua história como sambista se confunde com a da escola que leva o seu nome, pois em 1949, quando ele e os demais fundadores resolveram oficializar a criação da escola de samba, se deram conta de que ainda não haviam escolhido um nome para ela. Foi então que um dos funcionários do órgão de registro sugeriu que dessem o nome de um dos integrantes, que parecia o mais animado entre eles, à escola. Este viria a ser o presidente da Nenê da Vila Matilde de 1949 a 1996, quando passou a presidência da escola a seu filho, devido a problemas de saude, sem nunca no entanto deixar de desfilar.

Sambista de raiz, usando sempre seu característico chapéu e com seu forte sotaque paulistano, Seu Nenê por diversas vezes afirmou que tem muito orgulho da escola de samba que ajudou a fundar, principalmente pelo desfile realizado no Rio de Janeiro em 1985 e a viagem a Portugal.

Morreu aos 89 anos em outubro de 2010 após passar algum tempo internado devido a sérios problemas de Saúde.




Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Seu_Nen%C3%AA

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Compositores e Escolas de Sambas : União para o bem do carnaval!!!

Muita gente ainda imagina que carnaval é só em fevereiro , mas a chegada ao meio do ano mostra a grande verdade dos fatos , é nessa época que as escolas começam a se agitar , começam divulgar os seus enredos , fato que traz muita alegrias àqueles que não veem a hora desse momento chegar.

Estou falando dos compositores de sambas-enredo , que nessa época recebem as sinopses de enredos , tiram suas "canetas" da gaveta e vão em busca de inspiração para suas obras.

Muitos compoem para várias escolas , fato que demosntra a quebra de barreiras entre as agremiações , pois até um passado não muito distante algumas agremiações tinham suas alas de compositores fechadas , ou seja , só aceitavam sambas de autoria dos compositores da própria escola.

Mas em contrapartida tal ocorrência também vem demonstrar a falta de identidade de alguns compositores com suas agremiações , pois a busca pelo reconhecimento e também o fator financeiro fazem os compositores migrarem de uma agremiação para outra ,e muitas vezes não chegam nem a criar uma identificação com tal entidade.

Muitos condenam tal situação e sugerem a volta das "alas fechadas" , pois dizem que essa falta de identidade que está levando à ausência de grandes obras carnavalescas.

Mas , no meu ponto de vista , a ausência de uma grande obra , ocorre mais pela mudança e evolução do carnaval do que referente à falta de identidade dos compositores com as escolas , pois antigamente os compositores tinham mais liberdade para criar suas obras , hoje muitas vezes o enredo é patrocinado , e esses enredos tem a necessidade de ser colocadas palavras ou até mesmo frases relativas ao patrocinador no samba , ocasionando assim na necessidade do compositor em deixar a liberdade poética de lado e se render a essas obrigatoriedades de enredo.

Eu acredito que algumas coisas nesse ambito tem que ser revistas e discutidas , pois não basta simplesmente as agremiações buscarem o 'fechamento" dessas alas , tem que buscar oferecer uma condição melhor aos seus compositores , pois entre essa falta de identidade dos compositores, também existe a falta de valorização que os mesmos recebem em determinadas agremiações.

Além do fator financeiro , essa "desvalorização" em suas respectivas escolas , faz com que os compositores busque novos horizontes , novos rumos e assim acabam migrando para outras agremiações , e isso acaba fazendo com que as escolas que perdem seus compositores se enfraqueçam internamente nesse quesito.

Analisando mais friamente essa situação ,chego a conclusão de que existe a necessidade mais que urgênte de repensar e discutir sobre esses caminhos que foram tomados , antes que seja tarde e o carnaval perca seu brilhantismo .

Brilhantismo esse que está contido no talento e na inspiração dos compositores , que fazem de suas obras ," seus próprios filhos", e que muitas vezes gastam o que tem e o que não tem , para assim conseguir expor seus trabalhos em prol do carnaval.

A junção do respeito entre entidades carnavalescas e compositores com suas origens, só trariam fatos benéficos ao carnaval , pois todos sairiam ganhando , as agremiações ganharia com ótimas obras e a fortificação de suas alas de compositores , os compositores ganharia com sua liberdade de criação e com sua valorização e os amantes do carnaval com a apreciação de ótimos sambas e carnavais.

O caminho a seguir está mais que evidente , vamos torcer para que consigamos alcança-lo , pelo bem do carnaval , pelo bem das escolas e pelo bem dos compositores .

E de momento quero também desejar uma boa sorte a todos que fazem parte dessa arte que é compor samba , e que suas inspirações estejam sempre afloradas e que assim possam nos agraciar com ótimos sambas nesse carnaval 2013.

"No samba , os compositores são adversários em suas disputas , mas jamais serão inimigos"

Por : Denilson Fornaciari

quinta-feira, 14 de junho de 2012

João Nogueira será homenageado no carnaval paulistano pela Águia de Ouro!!!

A escola de samba paulistana Águia de Ouro já tem enredo definido para o carnaval 2013.

A águia da Pompéia trará para a avenida uma homenagem ao cantor e compositor João Nogueira".

O enredo que será desenvolvido pelo carnavalesco Claudio Cavalcante , mais conhecido como Cebola , recebeu o título de
"Minha missão. O canto do povo. João Nogueira.

Assim a agremiação buscará melhorar sua posição de 2012 , onde ficou em 12° lugar no carnaval paulistano.




























Fonte:www.sidneyrezende.com

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Tucuruvi - Apresentação do Intérprete Igor Sorriso e homenagem aos melhores de 2012!!!

Foto de : http://www.academicosdotucuruvi.com.br
A Acadêmicos do Tucuruvi promove no próximo dia 16/6 (sábado), a partir das 20 horas, um evento especial em homenagem aos melhores do Carnaval 2012 e apresentação do novo intérprete Igor Sorriso.
A festa será na quadra da agremiação (avenida Mazzei, nº 722 - Tucuruvi) e o ingresso custa R$ 10.
Informações pelo telefone (11) 2204-7342 ou e-mail contato@academicosdotucuruvi.com.br.




Fonte : http://www.academicosdotucuruvi.com.br/noticias11.html
Fonte: Diretoria de Comunicaç
ão

Pé Rachado - Um dos maiores nomes do Samba Paulistano!!!

Sebastião Eduardo do Amaral, também conhecido como Pé Rachado, foi um famoso sambista de São Paulo, presidente da Vai-Vai e da Barroca Zona Sul, escola do qual foi fundador.

Nascido em Varginha, Minas Gerais, com apenas 18 anos foi para São Paulo em busca de dias melhores para trabalhar no ofício de pedreiro nas grandes construtoras. Em Varginha aos 14 anos já organizava um bloco chamado "Voz do Morro"; ao chegar a São Paulo, deparou-se no bairro do Bixiga, que na época que acabara de dar luz ao Cordão Vai-Vai.

Como havia poucos instrumentos na bateria, Pé só ingressou um ano depois, em 1931, onde iniciou tocando contra-surdo e posteriormente tornou-se apitador da bateria. Com seu jeito organizador se tornou o primeiro presidente da alvinegra da Bela Vista e expulsou os maus elementos do samba, já que na época a marginalidade era forte e precisava de um grande líder.


Pé brigou até com Patonágua (maior apitador dos tempos de cordão) que apesar de ser ótimo de ouvido era péssimo em disciplina. Pé Rachado se tornou uma das principais personalidades da história da alvinegra do Bixiga, e foi ele quem deu oito campeonatos ao Vai-Vai de 60 a 67, um marco histórico no carnaval de São Paulo. Ajudou a fundar a Confederação das escolas de samba e cordões e posteriormente a Federação.

Além da Vai-Vai, Pé desde Minas tinha uma paixão, a Estação Primeira de Mangueira, do Rio, onde foi batuqueiro e diretor de harmonia aprendendo muito, inclusive em matéria de ritmo e desenvolvimento de carnaval.

Porém, intrigas no início dos anos 70 fizeram com que Pé nomeasse José Jambo Filho (Chiclé) como presidente em 1972, e em 1973 definitivamente se afastou da Vai-Vai.

Ao se afastar da Vai-Vai, Pé Rachado andou por muitas escolas com seus seguidores: em 74 desfilaram na Camisa Verde e Branco, onde foram campeões, prometendo a si próprios que montariam uma escola de samba diferente. Depois do desfile, Pé Rachado ficou um bom tempo no Rio de Janeiro, no Morro da Mangueira, em parceria do seu grande amigo Cartola, que o incentivou a fundar uma escola, pois segundo ele, um grande sambista tinha que ter a sua escola.

Na noite de 7 de agosto de 1974, Pé Rachado reuniu antigos membros da Vai-Vai, além de outros sambistas da Vila Mariana em sua casa, para fundar a escola Barroca Zona Sul, da qual também foi seu primeiro presidente.

 




Fonte : http://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%A9_Rachado

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Mestre Odilon na União da Ilha!

Foto de :www.sidneyrezende.com
Agora é oficial, na noite desta quarta-feira, o presidente Ney Fliardi anunciou a contratação de mestre Odilon, que a partir de agora, dividirá o comando da bateria da União da Ilha do Governador, com mestre Riquinho.

O Presidente da União da Ilha aproveitou para divulgar que em breve anúnciará também a contratação de um diretor pra comandar com exclusividade o quesito evolução.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Nenê de Vila Matilde - Festa de lançamento do Enredo 2013!!!

A escola de samba paulistana Nenê de Vila Matilde organizará a festa de lançamento do seu enredo 2013 no próximo dia 9 , e contará com grandes atrações.

A agremiação que comemora o seu retorno à elite do carnaval paulistano tem muito que comemorar e para presentear a comunidade matildense apresentará nesse evento, o show do Grupo Olodum , além do grupo Batucando e também do Show da Nenê de Vila Matilde.

A escola trata ainda como segredo o tema do enredo , e promete só divulgar durante a festa de lançamento.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Mocidade Alegre - Confira a sinopse de Enredo 2013!!!

Foto de : www.mocidadealegre.com.br

Desenvolvimento do Enredo
Setor 1
A Sedução Me Fez Provar, Me Entregar à Tentação...
Setor 2Nos Pecados Capitais, a Minha Redenção... Ao Ceder à Tentação Cheguei aos Céus
Setor 3A Tentação de Realizar o Impossível – Ou Será o Possível?
Setor 4Reescrevendo Romances e Fábulas... E Se... O Desfecho Fosse Todo Seu?
Setor 5Não Resisti à Tentação de Conhecer o Futuro... Da Versão Original, Qual Será o Final?

Sinopse do Enredo
ApresentaçãoSob a luz do Carnaval, a Mocidade Alegre resgata um dos princípios fundamentais da folia, que é a reinvenção da realidade, onde se pode por o mundo de cabeça pra baixo e – ainda assim – irradiar felicidade plena,
Este enredo é um convite à sedutora tentação de assumir o papel de criador, de reinventar histórias que nos foram apresentadas ao longo dos séculos, de mudar o rumo dos fatos e até mesmo de visitar o futuro, garantindo assim um amanhã mais justo e feliz,
Entregue-se à tentação de reescrever a nossa história... Afinal, da versão original de tantos dogmas, leis naturais, fábulas e realidades que aprendemos vida a fora, qual será o final???
E a sedução é pra contagiar você, comunidade guerreira, que sempre defende nosso pavilhão com muita emoção! Vamos cantar, dançar, vestir nossa fantasia... Vamos fazer do nosso jeito, com a nossa cara... Vamos seduzir o mundo com o nosso samba!

Rumo à tentação de transcender, mais uma vez, os limites da alegria e agora da sedução, porque...
A Vitória Vem da Luta... A Luta Vem da Força... E a Força da União!
Valeu Comunidade!




A Sedução Me Fez Provar, Me Entregar à Tentação...
Aceite, sem medo, o convite da Mocidade Alegre... Deixe-se seduzir pela possibilidade de assumir o papel de criador... Prove do fruto proibido e seja você também capaz de dar novos desfechos às verdades, histórias e conceitos que nos foram apresentados desde sempre... Sinta o fascínio de poder reinventar o mundo!
Deixe-se seduzir pela inebriante sensação de mudar os rumos dos fatos... Entregue-se à essa tentação!!!



Nos Pecados Capitais, a Minha Redenção... Ao Ceder à Tentação Cheguei aos Céus
Desde sempre aprendemos que, ao ceder à tentação do pecado, conheceremos as trevas... Mas hoje a Mocidade Alegre refaz o final e mostra que, pecando, alcançaremos a redenção,
Na vaidade, nos tornaremos mais bonitos e atraentes... Graças à luxúria, poderemos compartilhar o prazer... A inveja nos fará despertar para procurarmos nossos talentos... É com a ira que mostraremos nossa força e ganharemos respeito como guerreiros... Não fosse a preguiça, como poderíamos amar o aconchego de nossos lares?... A avareza nos trará economia e riqueza... Bem aventurados os gulosos, pois saberão sentir os sabores do mundo!
Deleite-se... Sinta-se à vontade para sucumbir ao pecado sem culpa e assim, no nosso final, você conquistará os céus!!!


A Tentação de Realizar o Impossível – Ou Será o Possível?
Em algum momento da nossa vã existência, todos nós imaginamos – ao menos por um dia – poder realizar feitos impossíveis – ou serão possíveis?
Seja na ciência, seja na arte, vem a irresistível tentação de refazer as regras da vida e o compasso da existência, dando vazão às loucuras que passam a ser nossa razão... Fascinante é a sensação de poder dar novos horizontes aos limites humanos... E assim será!
No desafio à lógica e às leis naturais, será possível ao homem voar na imensidão, descobrir o elixir da eterna juventude e até mesmo viajar para outra dimensão,
Desafie os limites. Ouse reinventar a criação. Brinque de Criador!


Reescrevendo Romances e Fábulas... E Se... O Desfecho Fosse Todo Seu?
Quem nunca assistiu a um filme, leu um livro, assistiu a uma peça de teatro e teve a ousadia de imaginar-se reescrevendo histórias e decidindo outro destino para alguns personagens que tanto povoaram o nosso imaginário, propondo-lhes novos caminhos? É carnaval... O que nos impede de realizarmos esse sonho?
Tão fantástico quanto “Era Uma Vez...” ou “Felizes Para Sempre” é poder reescrever os finais, dando vida e voz ao “Se”...
...E se Robin Hood tirasse dos pobres e desse aos ricos?...E se o Lobo Mau fosse perseguido pela Vovozinha? ...E se a malvada fosse Branca de Neve?
E se...


Não Resisti à Tentação de Conhecer o Futuro... Da Versão Original, Qual Será o Final?
Dos tantos devaneios possíveis pelo direito de refazer os finais, talvez o mais enigmático e encantador seja a chance de avançar no tempo e conhecer o amanhã...
Se você algum dia sonhou com um mundo de paz, amor, prosperidade e união, a Mocidade Alegre – pela força da magia do próprio carnaval – reescreverá o futuro, pois um sambista jamais perde a esperança, e tem na união sua força maior. O amanhã será melhor, porque somos nós sambistas – portadores de tantos sonhos e ilusões – que o estamos construindo, com a força dos nossos pavilhões... Juntos, unidos, reunidos.
Não podemos mudar e melhorar o nosso futuro se continuarmos acreditando, todo dia, nas mesmas coisas. Portanto, liberte-se... Reinvente-se... Se entregue você também à tentação de refazer o final... Aceite o convite da Mocidade Alegre a recriar o seu destino...



...E o “Final Feliz”, só depende de você!!!


Fonte:http://www.mocidadealegre.com.br/index.php?id=875

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Baile do dia dos Namorados nos Gaviões da Fiel - Jantar dançante!!!

Os Gaviões da Fiel Torcida, através de seu Depto. Social, convida a toda comunidade, associados e casais, para participar do seu tradicional "Baile em comemoração ao dia dos namorados", a ser realizado no próximo dia 08 de Junho, sábado, a partir das 20 horas.

O evento contará com caldos quentes, nos sabores de Mandioquinha, Caldo Green, Caldo de Feijão e Caldo de Queijo, além de porções de batata frita.

Haverá ainda mesa de frutas, cestas de pães e trufas de chocolate.

Alem de sorteios de brindes eletrônicos e o já tradicional vale suíte no Motel Overnight.

Vale a pena participar dessa grande festa, que será regada ao som do melhor dos anos 60/70/80, sertanejo universitário, forró universitário, samba, pagode e MUITO CORINTHIANS.

O comando da mesa de som, será por conta do DJ Black Mad.

O EVENTO É TOTALMENTE GRATUITO

 

Endereço:
Rua Cristina Tomas, 183 - Bom Retiro
Grêmio Gaviões da Fiel Torcida



Fonte: Depto. Social Gaviões da Fiel Torcida

domingo, 3 de junho de 2012

Confira Sinopse de Enredo União da Ilha sobre Vinicius de Moraes!!!!


Foto de : www.sidneyrezende.com
Confira a Sinopse de Enredo da Escola de Samba União da Ilha do Governador:

Sinopse

Vinicius de Moraes cuja pluralidade é reconhecida em suas obras, pensamentos e paixões receberá por ocasião do seu centenário nossa homenagem. Para compreender melhor o homem e o poeta, resolvemos criar um diálogo imaginário, tomando como respostas seus poemas, contos e entrevistas.
Por Alex de Souza
A INFÂNCIA
ILHA - Poeta, fale um pouco da sua infância, suas memórias da nossa Ilha do Governador.
POETA - Era um menino valente e caprino. Um pequeno infante, sadio e grimpante.
Esse ei-ou que ficou nos meus ouvidos são os pescadores esquecidos... as barcas da Cantareira...o mar com o seu marulhar ilhéu.
Éramos gente querida na ilha, e a afeição daquela comunidade manifestava-se constantemente.
Quero rever Governador, a Ilha! Que minha amiga Rachel de Queiroz pensa que é dela, mas não se engane, é nossa. Quero repalmilhar a praia de Cocotá, onde dez anos fui feliz.
Era indizivelmente bom.
A POESIA
ILHA - Quando nasceu a poesia na sua vida?
POETA - A poesia paterna, que encontrara numa gaveta velha em casa, foi a minha grande e decisiva influência. Desejei imenso fazer versos assim, versos de amor. Eu havia sempre laborado na arte da poesia, desde os mais verdes anos. Às vezes, em meio aos brinquedos com os irmãos, na Ilha do Governador, fugia e ia me ocultar no quarto, a folha de papel diante de mim.
Era tão estranho aquilo! Eu de nada sabia ainda, senão que tinha nove anos e Cocotá era o meu mundo, com sua praia de lodo, seu cajueiro e seus guaiamuns. Mas sabia vibrar em presença da folha branca que me pedia versos, viva como uma epiderme que pede carinho.
O menino dentro de seu quarto dentro da Ilha, dentro da baía, dentro da cidade, dentro do país, dentro do mar, dentro do mundo.
Com as lágrimas do tempo e a cal do meu dia eu fiz o cimento da minha poesia. Linha por linha, como psicografado, o poema - o meu primeiro poema - começou a brotar de mim. Amava era amar. Amava a mulher. A mais não poder. Por isso fazia seu grão de poesia E achava bonita a palavra escrita. Por isso sofria. Da melancolia de sonhar o poeta que quem sabe um dia poderia ser.
Eu mostrava meus sonetos aos meus amigos - eles mostravam os grandes olhos abertos.
A poesia é tão vital para mim que ela chega a ser o retrato de minha vida. Portanto julgar minha poesia seria julgar minha vida. E eu me considero um ser tão imperfeito... Pensei que nunca poderia ser poeta.
ILHA - E os Poetas ?
POETA - Me liguei muito a Bandeira, Drummond, Pedro Nava e outros...
COLÉGIO SANTO INÁCIO
ILHA - Religião?
POETA - Família católica, colégio de padres, aquele negócio de confessar aos domingos, de comungar. Mas acho que a vocação para o pecado era maior.
ILHA - Reza?
POETA - Sempre. Um homem como eu, que está sempre apaixonado, vive em prece.
LIVROS
ILHA - Com 19 anos publica o primeiro livro, Caminho para a distância; o segundo, Forma e exegese, que até ganhou um prêmio numa disputa acirrada com Jorge Amado, tinham um cunho espiritual...
POETA - Era o "Inquilino do Sublime", como disse o Otto Lara Resende.
O BRASIL
ILHA - Poeta, escritor, jornalista, como diplomata conheceu o mundo, mas conheceu também um Brasil real. Mesmo assim, quando estava fora, lhe batia certa nostalgia?
POETA - Sim, não há dúvida: são saudades da pátria, e, sobretudo do que na pátria é pobre e diferente. São doces os caminhos que levam de volta à pátria. Não à pátria amada de verdes mares bravios, a mirar em berço esplêndido o esplendor do Cruzeiro do Sul; mas a uma outra mais íntima, pacífica e habitual.
Vontade de mudar as cores do vestido (auriverde!) tão feias. De minha pátria, de minha pátria sem sapatos e sem meias, pátria minha. Tão pobrinha! Amada, idolatrada, salve, salve! Pátria minha... A minha pátria não é florão, nem ostenta lábaro não; a minha pátria é desolação. De caminhos, a minha pátria é terra sedenta. E praia branca; a minha pátria é o grande rio secular. Que bebe nuvem, come terra e urina mar.
Atento à fome em tuas entranhas e ao batuque em teu coração.
Não te direi o nome, pátria minha
Teu nome é pátria amada, é patriazinha
Uma ilha de ternura: a Ilha
Brasil, talvez.
Pátria minha, saudades de quem te ama…
ILHA - Em 42, você viajou com o escritor americano Waldo Frank pelo Nordeste e Norte do Brasil. Esta viagem mudou sua visão política ao descobrir o Brasil?
POETA - Descobrir o Brasil, exatamente. Pela mão de um americano... Mas essa viagem representou para mim, em um mês, uma virada de 360 graus. Saí um homem de direita e voltei um homem de esquerda. Foi o fato de ter visto a realidade brasileira, principalmente o Nordeste e o Norte, aquela miséria espantosa, os mocambos do Recife, as casas de habitação coletiva na Bahia, o sertão pernambucano, Manaus. A barra me pesou mesmo. Eu tenho um envolvimento político bastante grande, mas nunca o expressei em minha poesia, exceto quando surgiu como uma coisa válida, como em "Operário em construção", "Os barões da terra", "Mensagem à poesia".
ILHA - Como você vê o Brasil?
POETA - Eu digo sempre uma coisa: tenho uma grande fé no Brasil. Uma fé meio estúpida, meio instintiva, por causa do povo. Realmente, a minha fé no Brasil não vem das instituições, nada disso. Agora, eu acredito neste povo. E cada vez que eu voltava ao Brasil, de alguma viagem ao exterior, essa crença aumentava, compreende? E como essa crença é um bem gratuito, eu prefiro tê-la a não tê-la.
ORFEU
ILHA - Contam que a visita que fez com o escritor americano Waldo Frank, o mesmo que viajou com você pelo Norte e Nordeste, e à favela da praia do Pinto, que havia no Leblon, deixou-o enfeitiçado com o ritmo e a sensualidade dos negros sambistas. Frank teria dito que eles pareciam gregos antes da própria cultura grega. E naquele carnaval de 1942, a ideia enfim brotou de uma batucada no Morro do Cavalão, em Niterói, foi isso?
POETA - Pus-me a ler, por desfastio, num velho tratado francês de mitologia grega, a lenda de Orfeu - o maravilhoso músico e poeta da Trácia. Curiosamente, nesse mesmo instante, em qualquer lugar do morro, moradores negros começaram uma infernal batucada, e o ritmo áspero de seus instrumentos - a cuíca, os tamborins, o surdo - chegava-me nostalgicamente de envolta com ecos mais longínquos ainda do pranto de Orfeu chorando. O interesse que tinha pelo mito do Orfeu - o poeta- músico, que eu considerava, num plano ideal, o grande criador.
ILHA - Orfeu da Conceição (título sugerido por João Cabral de Mello Neto), Uma tragédia carioca, acabou resultando no seu encontro com Tom Jobim. Lúcio Rangel indicou e você pergunta a Paulinho Soledade, que também lhe falara a respeito.
POETA - Paulinho, estou precisando de um maestro que me ajude numas músicas que vou fazer. Você tem algum?
ILHA - Paulinho responde: Tom Jobim, mas tem um problema: ele é moderno...
ILHA - Trechos de Orfeu da Conceição.
O morro, a cavaleiro da cidade, cujas luzes brilham ao longe. São demais os perigos desta vida
Para quem tem paixão, principalmente Toda a música é minha, eu sou Orfeu! Eurídice... Se todos fossem iguais a você Que maravilha viver! Eurídice morreu. No interior do clube Os Maiorais do Inferno, num fim de baile de
terça-feira gorda. E viva a orgia! É o reinado da folia! É hoje o último dia! E viva! Amanhã é Cinzas! Hoje é o último dia! E viva Momo! E viva a folia! Sem Eurídice não há Orfeu, não há música, não há nada. O morro parou, tudo se esqueceu. O que resta de vida é a esperança de Orfeu ver Eurídice, de ver Eurídice nem que seja pela última vez! Desceu às trevas, e das grandes trevas ressurgiu à luz, e subiu ao morro onde está vagando como alma penada procurando Eurídice… Tudo morre que nasce e que viveu
Só não morre no mundo a voz de Orfeu.
CINEMA
ILHA - Sua paixão por cinema vem de criança. Defensor do filme mudo, você foi de censor a crítico. Roteirista de diversos filmes. Nessa sua paixão por cinema, como foi levar Orfeu para as telas, ainda que decepcionado com o resultado?
POETA - Sou apaixonado por cinema. Só Deus sabe como gosto de uma boa fita, o prazer que me traz "ver cinema", discutir, ponderar, escrever, até fazer cinema na imaginação. Nesta adaptação construo o filme como eu o faria. Ao contrário de minha peça, em que a "descida aos infernos" de Orfeu situa-se numa gafieira, no 2º ato, estou transpondo o carnaval carioca para o final do filme, como o ambiente dentro do qual a Morte perseguirá Eurídice.
ILHA - Um dos grandes sucessos do filme foi "A Felicidade", que dizia:
Tristeza não tem fim Felicidade sim (...)A felicidade é como a gota (...)E cai como uma lágrima de amor A felicidade do pobre parece A grande ilusão do carnaval (...)Pra tudo se acabar na quarta-feira
BOSSA NOVA
ILHA - Fale-me de sua música.

POETA - Não falo de mim como músico, mas como poeta. Não separo a poesia que está nos livros da que está nas canções. Era uma insatisfação minha verificar que a poesia de livro atingia um número tão reduzido de pessoas. Dizem, na minha família, que eu cantei antes de falar. E havia uma cançãozinha que eu repetia e que tinha um leve tema de sons. Fui criado no mundo da música, minha mãe e minha avó tocavam piano, eu me lembro de como me machucavam aquelas valsas antigas. Meu pai também tocava violão, cresci ouvindo música. Depois a poesia fez o resto. A música começou mesmo na década de 50, quando voltei de meu primeiro posto diplomático no exterior, em Los Angeles. Agora, eu sempre fazia minhas músicas, antes, mesmo sozinho, mas sem nenhum intuito de editar ou ver cantar. Aos 15 anos tive uma experiência interessante: eu me liguei a uma dupla vocal, que havia aqui, chamada Irmãos Tapajós, e comecei a compor com eles.

ILHA - Durante os cerca de quatro anos em solo americano, você se apaixonou pelo jazz, que futuramente seria uma das raízes fundamentais para a Bossa Nova. Tom Jobim teve uma formação semelhante e João Gilberto, no interior da Bahia, também se interessava pelo mesmo estilo musical e, coincidentemente, teve as mesmas influências dos músicos cariocas. E o marco foi "Chega de saudade", com Elizeth Cardoso e depois gravado por João Gilberto. Você acha que a influência do jazz foi boa para a bossa nova?

POETA - Acho que foi uma influência muito boa. Com a influência do jazz, abriu tudo isso, você podia introduzir qualquer instrumento num conjunto de samba, os instrumentistas improvisavam, as harmonias melhoraram muito e se enriqueceram, os instrumentistas tornaram-se excelentes e conheciam profundamente seus instrumentos, como é o caso de Baden e Tom. A influência foi benéfica porque houve uma descaracterização de nossa música. O samba estava sempre presente na bossa nova. Além disso, a bossa nova trouxe mais alegria e bom humor à nossa música, que andava muito voltada para a tristeza, a dor de corno, a fossa, naquela época do Antonio Maria. Eram músicas muito bonitas, o chamado samba de boate. Com a bossa nova a coisa ficou mais sadia, mais otimista, os sentimentos eram mais de comunicação, mais legais. Bossa nova é mais um olhar que um beijo; mais uma ternura que uma paixão; mais um recado que uma mensagem.
Vai, minha tristeza
E diz a ela que sem ela não pode ser
Diz-lhe numa prece
Que ela regresse
Porque eu não posso mais sofrer
Chega de saudade
A realidade é que sem ela
Não há paz, não há beleza
É só tristeza e a melancolia
Que não sai de mim
Não sai de mim
Não sai
Tanto assim que eu sou um dos pouquíssimos compositores brasileiros que atravessou essas gerações todas. Eu fiz música com o Pixinguinha, o Ary Barroso, com o pessoal da geração do Antonio Maria, o Paulinho Soledade; depois peguei o Tom, o Baden, o Carlos Lyra, o Edu, o Francis e, em 69, o Toquinho. E mesmo com caras mais jovens que o Toquinho eu já fiz música, como o Eduardo Souto Neto, o João Bosco.
AFROSSAMBAS E BAIANICES
ILHA - Em meados de 62, quando começa a compor com Baden Powell, surge uma grande virada com os ritmos baianos ...
POETA - O Baden tem uma produção muito boa, e foi ele quem me introduziu o elemento africano, o que não havia antes na bossa nova - eram todos brancos, arianos.
ILHA - Naquela altura da vida você retomou um caminho de fé?
POETA - Num plano assim de vida, não. Restou talvez uma certa religiosidade, própria de meu temperamento. Por exemplo, eu me interesso por candomblé, certas superstições. Isso é sinal de que tem algum fogo na cinza.
ILHA - Época dos afrossambas e você acabou virando... O branco mais preto do Brasil. Na linha direta de Xangô.
POETA - Quando digo que eu sou o branco mais preto do Brasil, digo a verdade. A minha comunicação com a raça negra é imensa. Sinto atração por ela, a todo momento descubro a sua vitalidade. A contribuição do negro à cultura brasileira é importantíssima. Só a contribuição rítmica que eles trouxeram; a magia do mundo negro, já me liga a eles definitivamente.
ILHA - Maysa e Elis Regina fizeram sucesso com "Canto de Ossanha", num LP que exaltava com outros "Cantos", outros orixás.
POETA - Amigo sinhô sarava, Xangô me mandou lhe dizer: - Se é canto de Ossanha, não vá! Que muito vai se arrepender. Pergunte pro seu orixá. Amor só é bom se doer.
ILHA - E essa africanidade toda rendeu até palavrão. Uma nova forma de xingar os militares da ditadura?
POETA - Te garanto que na Escola Superior de Guerra não tem milico que saiba falar Nagô:
Eu saio da fossa xingando em nagô. Vou lhe rogar uma praga, eu vou é mandar você: Pra tonga da mironga do kabuletê.
ILHA - Em seu período baiano, você fez amizade com uma das mais famosas Ialorixás...
POETA - Ela é a Mãe Menininha do Gantois
Que Oxum abençoou, Tatamirô!
ILHA - Por encomenda, você e Toquinho fizeram a trilha da novela O bem amado, uma das faixas de maior sucesso foi "Meu pai Oxalá".
Atotô Abaluayê Atotô babá
Atotô Abaluayê Atotô babá
Meu pai Oxalá é o rei Venha me valer
O velho Omulu
Atotô Abaluayê
ILHA - Voltando à Elis Regina, ela venceu o festival da canção de 1965, música sua e de Edu Lobo, onde, além do primeiro lugar, você ainda faturou o segundo de quebra com Elizeth Cardoso. Vamos recordar uns trechinhos de "Arrastão"?
Ê! Tem jangada no mar Hoje tem arrastão! Todo mundo pescar Olha o arrastão entrando no mar sem fim. Traz Iemanjá pra mim Ê! É a rainha do mar Valha-me meu Nosso Senhor do Bonfim Nunca, jamais se viu tanto peixe assim.
ILHA - Essa onda afro, que começa com Baden em 1962, onde se destaca também "Berimbau"...
Capoeira me mandou Dizer que já chegou para lutar Berimbau me confirmou Vai ter briga de amor Tristeza, camará
ILHA -...se estende quase dez anos depois na sua temporada baiana, com uma nova parceria, para os íntimos o Toco.
POETA - Encontrei novamente um parceiro pra valer, e ele é um jovem paulista de 24 anos, com uma pinta de menestrel medieval conhecido pelo apelido de Toquinho, e simplesmente "janta" o violão.
ILHA - "Tarde em Itapuã", seria dado para o Caymmi musicar. Mas você lhe deu um voto de confiança e rendeu um dos maiores sucessos dessa parceria.
O dia pra vadiar
Um mar que não tem tamanho
É bom
Passar uma tarde em Itapuã
Ao sol que arde em Itapuã
Ouvindo o mar de Itapuã
Falar de amor em Itapuã
CARIOCA
ILHA - Belas mulheres sempre inspiram, não é?
POETA - As muito feias que me perdoem
Mas beleza é fundamental.
ILHA - A menina que passa acabou gerando a mais cantada música brasileira no mundo que é a "Garota de Ipanema". Enquanto a menina passava você acabou tirando parte da letra definitiva num comentário com o Tom. Qual foi o comentário?
POETA - Você notou que quando ela passa o ar fica mais volátil? Eu acho que nem os egípcios, nem o próprio Einstein saberiam explicar por quê.
Olha que coisa mais linda
Mais cheia de graça
É ela menina
Que vem e que passa
Num doce balanço
A caminho do mar
Moça do corpo dourado
Do sol de Ipanema
O seu balançado é mais que um poema
É a coisa mais linda que eu já vi passar
(...)
Ah, se ela soubesse
Que quando ela passa
O mundo inteirinho se enche de graça
E fica mais lindo
Por causa do amor
ILHA - "Carta ao Tom 74" mostra o saudosismo daquela época.
POETA - Rua Nascimento e Silva, 107 Você ensinando pra Elizete As canções de Canção do amor demais (...) Ah, que saudade Ipanema era só felicidade (...)Nossa famosa garota nem sabia A que ponto a cidade turvaria Esse Rio de amor que se perdeu
VINICIUS PARA CRIANÇAS
ILHA - Você lançou um livro de poemas infantis dedicado aos seus filhos. Desde a década de 70 tinha o desejo de musicar esses versos e transformá-los em um álbum. Foram dois álbuns com canções inspiradas em alguns dos poemas e interpretadas por grandes nomes de MPB, delas se destacam:
"A casa" Era uma casa muito engraçada. Mas era feita com muito esmero, na rua dos bobos, número zero.
"Aquarela" Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo. Vamos todos numa linda passarela de uma aquarela que um dia enfim, descolorirá.
"O pato" Lá vem o Pato Pata aqui, pata acolá Lá vem o Pato Para ver o que é que há.
"A arca de Noé" E abre-se a porta da Arca desconjuntada. Colorida maravilha, brilha o arco da aliança. Aos pulos da bicharada toda querendo sair. De par em par: surgem francas, conduzidos por Noé. Do prudente patriarca Ei-los em terra benquista
PAIXÕES
ILHA - O Drummond disse que você havia nascido sob o signo da paixão. Vamos ao ponto: Amor ou Paixão?
POETA - Eu ainda acho que o amor que constrói para a eternidade é o amor paixão, o mais precário, o mais perigoso, certamente o mais doloroso. Esse amor é o único que tem a dimensão do infinito.
Eu sou um namorador inveterado.
Eu possa lhe dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure
Labareda
O teu nome é mulher
Quando a luz dos olhos meus
E a luz dos olhos teus
Resolvem se encontrar
Ai, que bom que isso é, meu Deus
Que frio que me dá
O encontro desse olhar
Eu não ando só
Só ando em boa companhia
Com meu violão
Minha canção e a poesia
Para viver um grande amor
E cada verso meu será Pra te dizer
Que eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida
ILHA - Boemia...
Onde anda a canção
Que se ouvia na noite
Dos bares de então
E por falar em paixão
Em razão de viver
Você bem que podia me aparecer
Nesses mesmos lugares
Na noite, nos bares
Onde anda você
ILHA - Sua alma boêmia tinha em seus versos sempre a companhia da lua ...
O poeta se deixa em prece
Ante a beleza da lua.
Vagabunda, patética, indefesa
Ó minha branca e pequenina lua!
Lua linda!
Uma volúpia infinda!
Linda lua!
lua amada
lua ardente
tão presente
Como se fosses minha namorada!
ILHA - Quero lhe apresentar aos nossos poetas da Ilha.
POETA -A bênção, todos os grandes
Sambistas do Brasil
ILHA - Qual a receita de um bom samba?
POETA - Mas pra fazer um samba com beleza
É preciso um bocado de tristeza
Senão, não se faz um samba não
Fazer samba não é contar piada
E quem faz samba assim não é de nada
O bom samba é uma forma de oração
Porque o samba nasceu lá na Bahia
E se hoje ele é branco na poesia
Ele é negro demais no coração
Ponha um pouco de amor numa cadência
E vai ver que ninguém no mundo vence
A beleza que tem um samba, não
ILHA - E as tantas amizades que você fez?
POETA - A gente não faz amigos, reconhece-os.
ILHA - Seus parceiros?
POETA - Meus principais parceiros, Antonio Carlos Jobim, Carlinhos Lyra e Baden Powell, são pra mim o Pai, o Filho e o Espírito Santo...
ILHA - E o Toquinho?
POETA - Amém.
E há Pixinguinha. Pixinguinha, eu acho que é o próprio Deus em pessoa.
Isso sem falar em Ary Barroso.
Edu lobo e Francis Hime.
ILHA - Você poderia definir qual seu estilo?
POETA - Infelizmente, eu não tenho estilo. Um amigo meu costuma dizer que eu sou muitos. Se fosse um só, não me chamaria Vinicius de Moraes, no plural.
ILHA - E agora o Vinicius showman. Para comemorar seu centenário e a eternidade de suas obras, vamos fazer surgir um grande palco com alguns de seus grandes shows: Boite Au Bon Gourmet, com Tom e João Gilberto; no mesmo local, com Carlos Lyra e Nara Leão, na comédia musical Pobre menina rica; Boite Zum Zum, com Caymmi e quarteto em Cy; Toquinho e Clara Nunes, no teatro Castro Alves, em Salvador; Maria Medalha e Maria Creusa, em Milão; Bethânia e Toquinho, no La Fusa, em Mar Del Plata; com Joyce, em Punta Del Leste; Tom, Toquinho e Miúcha, no Canecão e inúmeros outros...
ILHA - Já que celebrar é alegria de viver, o que é a vida pra você?
POETA - A vida é arte do encontro
Embora haja tanto desencontro pela vida
Quem já passou por essa vida e não viveu
Pode ser mais, mas sabe menos do que eu
É melhor ser alegre que ser triste
Alegria é a melhor coisa que existe
É assim como a luz no coração
ILHA - Você, um poeta dentro da vida... Ela tem sempre razão?
POETA - Sei lá, sei lá
Só sei que é preciso paixão
ILHA - E a morte?
POETA - Eu morro ontem
Nasço amanhã
Ando onde há espaço:
- Meu tempo é quando.
Quem vai pagar o enterro e as flores
Se eu me morrer de amores?
Amigos meus, está chegando a hora Em que a tristeza aproveita pra entrar E todos nós vamos ter que ir embora Pra vida lá fora continuar Prontinha pro show voltar E em novo dia A gente ver novamente A sala se encher de gente Pra gente comemorar
E no entanto é preciso cantar Mais que nunca é preciso cantar É preciso cantar e alegrar a cidade Quem me dera viver pra ver E brincar outros carnavais
A bênção, que eu vou partir
Eu vou ter que dizer adeus
ILHA - Calma poeta, tenho uma última pergunta:
Um repórter lhe perguntou se você tinha medo da morte. O que respondeu?
POETA - Não, meu filho. Eu não estou com medo da morte. Eu estou é com saudade da vida.
ILHA - Até mais Poeta...te vejo na Ilha.
POETA - Saravá!




Fonte : http://www.sidneyrezende.com/noticia/173071+leia+a+sinopse+da+uniao+da+ilha+para+o+carnaval+2013